sábado, 12 de setembro de 2009

Mestre Ananias na mandinga do No Fio da Navalha

Vestido todo de branco, sapato ilustrado e chapéu, a elegância e a experiência do Mestre Ananias esteve presente na primeira roda de setembro. O baiano de São Félix, um dos pais da capoeira paulistana, além das típicas broncas, deu uma aula com as estórias de Salvador e seus personagens. Citou seus Mestres: Waldemar da Liberdade com quem menino foi aprender Capoeira, Pastinha e Canjiquinha, este último que oficializou a Capoeira de Mestre Ananias ao lhe entregar um documento assinado e firmado em cartório. Relembrou também nossa ancestralidade cultural, desde a “dança dos escravos para disfarçar a luta” até as primeiras rodas da República, na década de 50.

Para os leigos, a roda começou atrasada após tanta conversa, no entanto, para o bom angoleir@, a capoeira começou bem antes do gunga começar a soar... Após tanto conhecimento, o coro “Povo de angola chegou, angola não pode morrer, angola vem da Bahia, todo mundo aprendê...” ganhou mais entusiasmo e emoção, e quem sabe tenha atráido até os espíritos dos antigos capoeiras, que, segundo Mestre Ananias, quando a roda é feita com axé, estes baixam para observar.
A energia rendeu um samba de roda até mais tarde onde Mestre Ananias cantou e tocou os tradicionais sambas.

Como tudo é capoeira, os regionais Bruce Lee, grupo Ginga Paulista, Negro Dú, grupo Berin-Bras, e Trancinha, grupo Volta ao Mundo, também compareceram na roda para vivenciar o universo da angola.
"Na capoeira, tem que respeitar para ser respeitado" - Mestre Ananias

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